O desejo de expandir a capacidade produtiva foi o principal fator que impulsionou os empresários industriais a fazer investimentos em 2011. O motivo foi apontado por 36% das empresas pesquisadas. No ano passado, essa explicação para a ampliação dos investimentos produtivos foi citada por 40% delas.
A constatação faz parte da Sondagem de Investimentos, divulgada hoje (20) pela Fundação Getulio Vargas (FGV). O levantamento foi feito nos meses de abril e maio e revela, ainda, que entre 1998 e 2010, a expansão de capacidade foi o objetivo mais citado em apenas quatro edições da sondagem: 2007, 2008, 2010 e 2011.
O segundo motivo para a opção por investimentos este ano é o aumento da eficiência produtiva, assinalado por 33% das empresas, contra 28% em 2010. A indicação de substituição de máquinas e/ou equipamentos como principal objetivo diminuiu de 18% para 15% de um ano para outro. Já a proporção dos empresários que dizem estar sem programa de investimento ficou em 16% do total, também acima dos 14% registrados em 2010.
A sondagem também constatou que em 2011 o número de empresas industriais que apontaram algum tipo de dificuldade para fazer investimentos em capital fixo ficou estável em relação ao ano passado, em 33% do total. Esse resultado, no entanto, é bem inferior ao registrado em 2009 (87%), período em que os investimentos foram afetados pela crise internacional.
Ainda de acordo com o documento, o principal fator inibidor desses investimentos é a carga tributária elevada, apontada por 42% das empresas. O resultado aponta um aumento de 16 pontos percentuais em relação ao ano passado.
Em seguida, aparecem a limitação de recursos próprios (34% das empresas, ante 42% em 2010), o custo de financiamento (33%) e a limitação de crédito (24%). O item incertezas acerca da demanda foi citado por 19% da empresas, ficando 1 ponto percentual abaixo do ano passado e bem inferior aos 50% alcançados em 2009.
A Sondagem de Investimentos é um levantamento estatístico trimestral que fornece sinalizações sobre o rumo dos investimentos produtivos no setor industrial. Para fazer o estudo, foram coletadas informações de 812 empresas no período entre 7 de abril e 31 de maio.