O diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), John Lipsky, cobrou hoje (20) dos líderes da União Europeia coesão no enfrentamento da crise que atinge os chamados “países periféricos”. As expressões usadas por ele foram “coesão”, “união dinâmica” e “flexibilidade monetária”. As informações são do FMI.
“Apenas uma abordagem coesa e cooperativa para a gestão de crises será bem-sucedida. Isso significa que o compromisso determinado para as reformas e adaptação nos países deve continuar”, afirmou Lipsky, em Luxemburgo, depois de uma reunião com os representantes da União Europeia.
Segundo o diretor-gerente do FMI, os relatórios sobre a situação econômica dos países que integram a União Europeia mostram que há uma “recuperação sólida”, mas os riscos ainda existem devido ao que ocorre em outros países. Por isso, acrescentou, é necessário reforçar vários aspectos da política econômica adotada na região.
Lipsky sugeriu a busca pela estabilidade financeira e o estímulo a mecanismos de interações econômicas e políticas multilaterais, além da gestão dos problemas causados pela dívida externa em alguns países. As sugestões incluem esforços para incentivar o mercado único e a adoção de regras comuns visando à estabilidade e a regulação financeira.
“É importante aprender com a crise e definir uma visão clara para o futuro. A história da integração européia, desde a Segunda Guerra Mundial, foi um incrível sucesso”, disse o diretor-gerente do FMI. “Se a área do euro está mais estável, resistente e vive de acordo com seu potencial de crescimento, terá de avançar com uma agenda ampla de reforma.”