Os operários que fazem as obras do Estádio Governador Magalhães Pinto, o Mineirão, para Copa do Mundo de 2014, cruzaram os braços na manhã de ontem. De acordo com Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil de Belo Horizonte, a reivindicação é por melhores salários e condições de trabalho.
Segundo Osmir Venuto, presidente do sindicato, os operários pararam de trabalhar para exigir horas extras a 100%, cesta básica mensal e piso salarial de R$ 1.250,00 (de acordo, diz o sindicato, com cálculo da convenção coletiva de trabalho) contra os R$ 926 atuais.
Os operários também reivindicam melhores condições de trabalho, como mais banheiros e até mais água.
Segundo Venuto, cerca de 500 trabalhadores aderiram ao movimento.
Ainda conforme Venuto, houve uma rodada de negociações entre empresas e sindicato, mas sem acordo. Os trabalhadores farão uma assembleia hoje, às 5h30m, para definir se mantêm ou não o movimento.
A assessoria da Secopa (Secretária de Estado Extraordinária da Copa do Mundo) divulgou uma nota oficial reconhecendo a paralisação, mas afirmando que ela é parcial e que “60 máquinas e equipamentos continuam trabalhando em ritmo normal nos trabalhos de terraplenagem e fundações”.
Segundo o comunicado, o consórcio Minas Arena, responsável pelas obras, não tomou conhecimento prévio das reivindicações, mas está aberta ao diálogo.
A Minas Arenas também diz que cumpre ‘todas as exigências da convenção coletiva do Sindicato da Construção Civil Pesada e mantém altos padrões de qualidade e segurança’.