A Assembleia Geral da Organização dos Estados Americanos (OEA) decide hoje (1º) sobre o pedido do governo de Honduras de acabar com a suspensão do país na entidade. A punição ocorreu em 4 de julho de 2009, depois que o então presidente hondurenho, Manuel Zelaya, foi deposto. Para a OEA, houve um golpe de Estado, gerando a transgressão dos princípios democráticos.
Na semana passada, o ministro das Relações Exteriores do Brasil, Antonio Patriota, afirmou que a possibilidade é a de a OEA reintegrar Honduras. Para ele, o governo do presidente Porfirio Pepe Lobo tem buscado atender às exigências da comunidade internacional, indicando sua determinação em consolidar a democracia no país.
Nos últimos meses, Pepe Lobo reitera que cumprirá os preceitos da Constituição. O presidente hondurenho também sinalizou que vai respeitar os opositores, mantendo diálogos com os aliados de Zelaya. Porém, os adversários do ex-presidente discordam do acordo firmado entre ele e Pepe Lobo. Para esses líderes políticos, Zelaya tem planos de retornar à política hondurenha.
Zelaya foi deposto em 28 de junho de 2009 por uma ação organizada por integrantes das Forças Armadas, do Parlamento e do Judiciário. O então presidente foi retirado de casa durante a madrugada e obrigado a deixar o país – quando seguiu para a Costa Rica. Em setembro do mesmo ano, ele pediu abrigo na Embaixada do Brasil em Honduras, onde ficou por cerca de 120 dias.
Em janeiro de 2010, quando Pepe Lobo assumiu o poder, Zelaya deixou Honduras em direção à República Dominicana. Paralelamente, a comunidade internacional liderou um movimento para o ex-presidente ser anistiado e retornar ao país sem correr riscos. A iniciativa se concretizou e Zelaya voltou a Tegucigalpa, capital hondurenha, no último dia 28.