Pelo menos nove pessoas morreram hoje (24) e várias ficaram feridas na Síria, depois que forças de segurança atiraram contra manifestantes em várias cidades do país. Na cidade de Kessoua, morreram cinco pessoas e seis ficaram feridas. As informações são de Mohammad Enad Souleimane, da Organização de Direitos Humanos da Síria.
Os protestos em Kessoua começaram em uma área próxima à mesquita local, depois da oração de sexta-feira – o dia sagrado para os muçulmanos. De acordo com o ativista, os manifestantes estavam nas ruas quando as forças de segurança abriram fogo e tentaram dispersar as pessoas.
Em Damasco, três pessoas morreram e 25 ficaram feridas no bairro de Barzeh, onde houve uma manifestação também contra o regime do presidente sírio, Bashar Al Assad. As forças de segurança tentaram dispersar a multidão com bombas de gás lacrimogêneo e depois houve disparos de armas de fogo.
Em Homs, na Região Central do país, as forças de segurança reagiram de forma violenta contra os manifestantes e foi registrada uma morte. O canal estatal noticiou ainda a morte de um oficial da polícia de Kadam, nos arredores de Damasco, atribuída a grupos armados.
Organizações de direitos humanos na Síria informam que cerca de 1.300 pessoas foram mortas devido ao uso de violência na contenção de protestos contra Assad. Porém, há estimativas que os números superam mais de 10 mil pessoas, incluindo mulheres e crianças. Desde março há protestos na Síria.