A queda do risco de calote da dívida do Brasil para níveis inferiores aos dos Estados Unidos representa o reconhecimento da política fiscal do país nos últimos anos, disse hoje (15) o secretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin. Em audiência na Comissão Mista de Orçamento, ele afirmou que a política de superávits primários (economia para pagar os juros da dívida pública) e de redução gradual da dívida líquida do setor público permitiu a melhoria da percepção dos investidores internacionais em relação à economia brasileira.
“Essa é uma demonstração de que os resultados [da política fiscal brasileira] são reconhecidos pelo mercado. Isso reflete a estratégia de cumprimento de metas fiscais que temos conseguido apresentar e colocar para o país”, afirmou o secretário.
Convidado para falar sobre o cumprimento das metas fiscais, a execução do Orçamento de 2011 e a preparação do Orçamento de 2012, o secretário apresentou números de cumprimento das metas para as contas públicas. Segundo Augustin, o esforço fiscal permitiu a redução da dívida líquida de 54,8% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2003 para 39,85% em abril deste ano. “Existe uma forte tendência na redução da dívida líquida. Não é à toa que os agentes econômicos vêm reconhecendo os fundamentos da economia brasileira.”
Em relação ao cumprimento das metas fiscais, Augustin ressaltou que o superávit primário nos quatro primeiros meses do ano atingiu R$ 40,69 bilhões, quase metade da meta de R$ 81,76 bilhões para todo o ano. “Em 2009 e 2010, reduzimos resultado primário para a reativação da economia. Agora, com a economia em expansão, estamos voltando aos resultados de antes da crise.”
Mais cedo, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, também tinha comemorado a redução do risco de o Brasil deixar de pagar a dívida. Em entrevista no Palácio do Planalto, http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2011-06-15/risco-de-brasil-deixa…)”>o ministro afirmou que o fato significa a solidez da economia brasileira.