O técnico Muricy Ramalho continua preocupado com o futuro do Santos no Campeonato Brasileiro. O time está envolvido na final da Taça Libertadores (disputa o título com o Peñarol, nas duas próximas quartas-feiras), mas o treinador já pensa no segundo semestre. Ele diz que tem bons jogadores à disposição, mas faz uma alerta: o elenco é limitado e não tem fôlego para aguentar uma competição tão comprida.

“Temos um bom time, mas não um bom plantel para o Brasileiro. Vamos sofrer na Copa América (em julho), pois três jogadores importantes estão convocados (Neymar, Elano e Ganso). Se não melhorarmos o nosso elenco, não teremos a mínima chance (de disputar o título)”, avisa o treinador.
O trio de selecionáveis poderá desfalcar o Alvinegro em até sete rodadas da competição nacional se a Seleção Brasileira chegar à final da Copa América.

Além disso, Zé Eduardo, Maikon Leite e Kerrison vão embora logo após a disputa da Libertadores.

Isso sem contar que o assédio europeu sobre Neymar e Paulo Henrique Ganso cresce a cada dia.

Muricy tem pedido insistentemente aos dirigentes a chegada de mais jogadores. O Peixe trouxe, até o momento, o meia Roger Gaúcho e os atacantes Rychely e Borges. Para o comandante, porém, apenas o último é, de fato, um reforço. Ele quer mais atletas de peso para qualificar o elenco.
“O Rychely e o Roger são jogadores que o clube contratou para investir, para compor elenco. O Borges, não. Já é consagrado.

O que eu tenho pedido aos dirigentes são jogadores desse nível, que venham para ganhar o Brasileiro”, afirma o treinador.

As contratações no Santos são decididas de forma colegiada. Não basta o técnico solicitar. É preciso a aprovação do comitê de gestão do clube, que avalia não só a questão financeira, mas técnica também. Isso acaba provocando alguma demora. Além disso, segundo Muricy, o mercado anda bem complicado.

“O problema é que contratar jogador de nível está difícil. Quando se fala que é para o Santos, valorizam demais. Então, está complicado. Atleta de ponta está caro. Temos de ter paciência”, concluiu Muricy Ramalho.