Na cidade de São Paulo, uma concentração de árvores e plantas nativas da Mata Atlântica chama a atenção. É o Zoológico, famoso e destino preferido das famílias que aproveitam para passear, respirar o ar um pouco mais puro e ainda curtir um piquenique sob as árvores e em lugares preparados exatamente para isso. Só não pode acender churrasqueira, de resto, o visitante dispõe de mesas e bancos. Ainda tem os restaurantes e lanchonetes em diversos pontos do parque.

Uma visita do Parque Zoológico de São Paulo, sem dúvida alguma, estreita os laços com a natureza e ainda dá oportunidade de conhecer diversas espécies da fauna, algumas ameaçadas de extinção.

Localizado em uma área de 824.529 m2 de Mata Atlântica original, o Parque aloja nascentes do histórico Riacho do Ypiranga, cujas águas formam um lago que acolhe exemplares de aves de várias espécies, além de aves migratórias. Assim como o lago, a mata abriga animais nativos de vida livre, formando maravilhosa fauna paralela.

Através da exibição de mais de 3.200 animais, representando 102 espécies de mamíferos, 216 espécies de aves, 95 espécies de répteis, 15 espécies de anfíbios e 16 espécies de invertebrados, em recintos e terrários amplos e semelhantes ao habitat natural, o zoológico de São Paulo promove a conscientização do público sobre a variedade e diversidade das formas de vida sobre a Terra.

O Zoo de São Paulo foi criado em junho de 1957, a partir de uma instrução do então Governador Jânio Quadros ao Diretor do Departamento de Caça e Pesca da Secretaria da Agricultura, Emílio Varoli.

É pitoresco lembrar que a primeira leoa chegou ao parque em 1958 e chamava-se Helena. E mais, os primeiros animais exóticos como leões, camelos, ursos e elefantes foram adquiridos de um pequeno circo particular, e os animais brasileiros como onças e galos da serra, foram adquiridos em Manaus.

A inauguração do Zoo, prevista para Janeiro de 1958, teve que ser adiada devido às fortes chuvas daquele ano, mas no dia 16 de março inaugurava-se oficialmente o Zoológico de São Paulo.

Apesar do clima chuvoso, muitas pessoas participaram da inauguração do Parque e puderam ver pela primeira vez na cidade de São Paulo, 482 animais, dentre eles: 9 veados, 2 onças pintadas e 1 preta, 3 jaguatiricas, 2 gatos do mato, 1 urso, 23 papagaios, além do famoso rinoceronte “Cacareco”, eleito vereador nas eleições de outubro de 1958.

Naquele mesmo ano, entrada era gratuita, à partir da criação da Fundação Parque Zoológico de São Paulo, em 1959, os ingressos passaram a ser cobrados. A Fundação obteve personalidade jurídica e autonomia administrativa, financeira e científica; foi criada com o objetivo de manter uma população de animais vivos de todas as faunas, para educação e recreação do público, bem como para pesquisas biológicas; instalar em sua área de abrangência uma Estação Biológica, para investigações de fauna da região e pesquisas correlatas; proporcionar facilidades para o trabalho de pesquisadores nacionais e estrangeiros no domínio da Zoologia, no seu sentido mais amplo, por meio de acordos, contratos ou bolsas de estudo.

Outra “personalidade” famosa do zoo na década de 1960 foi a Elefanta Mara. Consciente de sua responsabilidade no contexto conservacionista nacional, o Zoo de São Paulo tornou-se a primeira instituição brasileira a propor e participar efetiva e decididamente em múltiplos programas de recuperação de espécies brasileiras criticamente ameaçadas de desaparecimento, tais como os micos-leão, os pequenos felídeos neotropicais, araras de leari e ararinhas azuis.

Como reflexo dos constantes investimentos e aprimoramentos ocorridos na Fundação Parque Zoológico de São Paulo desde a sua criação, em 1994 o Guinness Book outorgou o diploma de maior Zoológico do Brasil. Neste mesmo ano, após atender a todas as especificações básicas contidas na legislação pertinente, a Fundação Parque Zoológico de São Paulo foi classificada na categoria “E”, a mais alta, junto ao Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (IBAMA).

Em maio de 2001, a área ocupada pela empresa “Simba Safari” foi reincorporada à Fundação Parque Zoológico de São Paulo, sendo reaberta ao público como “Zoo Safári” em 05 de junho deste mesmo ano. O “Zoo Safári” é um passeio imperdível. É o único parque no gênero na América Latina, ocupa 80.000 m² da Mata Atlântica. Abriga 380 animais de 42 espécies do mundo em 18 territórios distintos, além da fauna nativa de vida livre. O percurso de 4 quilômetros pode ser feito em uma hora, em automóveis particulares ou em vans do parque com guias especializados. Durante este passeio, uma das maiores atrações são os macacos que se esmeram nas estripulias, pulando em cima dos carros e das vans. Ao preço de R$ 3,50 o visitante pode comprar uma porção de ração e alimentar os cervos, por exemplo, que mansamente chegam até os veículos.

Ao longo dos seus 53 anos de existência, a Fundação Parque Zoológico de São Paulo vem avançando na discussão e implantação desse novo conceito, ou seja, a convivência harmônica e equilibrada da mata e de seus recursos naturais, com as atividades meio e fins de um Zoológico contemporâneo e de seus visitantes, visando, em última análise, não só o entretenimento da população e o desenvolvimento de pesquisa científica, mas, acima de tudo, a contínua conscientização da sociedade para a necessidade da preservação do ambiente.

Vale à pena visitar o Zoo de São Paulo. Se você mora longe, consulte seu agente de viagens e faça também um roteiro pelos principais pontos turísticos da capital paulista.