A Federação Internacional de Futebol (Fifa) está confiante na preparação do Brasil para a Copa do Mundo de 2014. A garantia foi dada hoje (29) pelo ministro do Esporte, Orlando Silva, depois de um encontro, que durou menos de uma hora, no Rio de Janeiro, com o presidente da federação, Joseph Blatter, e com o secretário-geral da organização internacional, Jérôme Valcke.
“É natural a preocupação deles, como é natural a nossa preocupação de que tudo passe bem. Mas, a essa altura, o que temos que fazer é trabalhar mais, não é comentar [declarações]. Informei a [Joseph] Blatter que tenho consciência dos limites que o país possui e das tarefas que o país terá que cumprir”, afirmou Orlando Silva destacando a necessidade de melhorias de infraestrutura e serviços e a garantia de que os estádios estarão adequados para o Mundial.
Segundo o ministro, foi ele mesmo quem levantou a relação de desafios que o país terá que superar para se preparar para a Copa do Mundo. “São limites. Temos que aperfeiçoar os aeroportos porque o Brasil é um país continente e a circulação se dará, sobretudo, pelo sistema aeroportuário quando o Mundial acontecer. É também possível e necessário melhorar o transporte público. São dois exemplos de temas que estão na agenda e estão sendo enfrentados”, acrescentou Orlando Silva.
O ministro relatou que, durante a reunião, apresentou as medidas que o governo brasileiro vem adotando, como o ajuste tributário sugerido pela própria Fifa e as garantias locais de que os estádios estarão prontos para o Mundial. No caso dos aeroportos, Orlando Silva destacou a criação do Ministério da Aviação Civil, o projeto de concessões de três importantes aeroportos (Brasília, Guarulhos e Viracopos) e a mudança no comando da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) que começa a cumprir um plano de investimento de cerca de R$ 5,5 bilhões.
“Temos que cumprir o plano de investimento da Infraero para aumentar a qualidade operacional dos serviços dos aeroportos. Se melhorarmos a infraestrutura do país, melhorar a qualidade operacional dos serviços dos aeroportos e garantir a concessão, que é novo modelo, isso tudo terá um impacto enorme. O aperfeiçoamento do sistema aeroportuário já é um legado que a Copa do Mundo deixa para o Brasil”, avaliou o ministro.
Sobre as declarações e posturas polêmicas do presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Ricardo Teixeira, que também participou do encontro, Orlando Silva disse que “a imagem da Copa do Mundo vai ser a imagem da eficiência do país. O Brasil tem consciência das suas tarefas. Não nos cabe comentar declarações de um ou outro dirigente”.