Ao participar ontem de cerimônia na Usina Hidrelétrica Santo Antônio, em Rondônia, a presidenta Dilma Rousseff afirmou que a obra representa a concretização do projeto estratégico de retomar os investimentos em hidreletricidade no país. Segundo ela, obras do porte de Santo Antônio refletem o ambiente de desenvolvimento com inclusão social que vive o Brasil.
“É um desenvolvimento que está baseado na visão de que temos que gerar empregos e ter uma economia forte e esse processo só será consistente se incluir a população brasileira. Nos últimos tempos, o Brasil cresceu de forma muito desigual e queremos um desenvolvimento diferente. Um desenvolvimento gerando empregos e distribuindo renda”, disse em discurso.
Dilma disse ainda que o desenvolvimento do Brasil é diferente do de outros países em crescimento, inclusive do Brics (que representa os emergentes Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul).
“Somos um dos países onde o crescimento veio acompanhado de uma melhoria significativa na distribuição de renda”.
A presidenta Dilma lamentou a ausência do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no evento, pois a construção da usina começou no governo dele, que incentivou investimentos em grandes hidrelétricas na Amazônia.
A cerimônia na Usina Hidrelétrica Santo Antônio marcou o início do desvio do Rio Madeira. Segundo a Santo Antônio Energia, concessionária responsável pelo empreendimento, o desvio vai fazer com que o rio deixe o leito natural e passe pelo vertedouro da barragem, que regulará o nível do reservatório quando a hidrelétrica começar a operar.
O desvio deve iniciar o processo de enchimento gradual do lago artificial e o início da construção da quarta casa de força, que será instalada no leito natural do rio.
Com potência instalada de 3,1 mil megawatts, a Santo Antônio começou a ser construída em setembro de 2008 e deve começar a gerar energia em dezembro deste ano.