A articulação dos europeus no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) para intensificar as sanções à Síria é alvo de resistência da China e da Rússia. Para o ministro da Defesa da França, Gérard Longuet, as restrições dos chineses e russos são uma posição “indecente”.

Os governos do Reino Unido, da França, da Alemanha e de Portugal entregaram no mês passado, em Nova York, um projeto de resolução do Conselho de Segurança que condena a repressão na Síria e apela para a adoção de reformas politicas no país.

“É indecente [a posição da China e da Rússia] porque manifestamente Bashar Al Assad [o presidente sírio] mobilizou meios inverossímeis para neutralizar a oposição.

O governo de Bashar Al Assad está sob pressão de manifestações diárias desde o começo deste ano. Os protestos aumentaram nos últimos dias e foram contidos com ações de violência por parte de policiais. A crise se agravou com ataques às embaixadas dos Estados Unidos e da França anteontem (11).

Assad é criticado pelos manifestantes não só pela violação de direitos humanos, pela violência e pelas agressões, como também por fixar ordens que impedem a liberdade de expressão, opinião e imprensa na Síria.

Ontem (12) o primeiro-ministro da França, François Fillon, cobrou do Conselho de Segurança o aumento do rigor em relação à Síria. Segundo ele, o “silêncio” do conselho se tornou “insuportável”.