Em comemoração ao Dia Nacional de Mobilização, a Central Única dos Trabalhadores (CUT) reuniu, na manhã de hoje (6), milhares de manifestantes na Praça da Sé para reivindicar mais atenção dos governos e do setor privado para a agenda dos trabalhadores. Os manifestantes saíram da praça por volta das 11h30 e caminharam em passeata até a Praça Patriarca, na região central de São Paulo.
Cinco mil pessoas, segundo os organizadores, e mil, de acordo com a Polícia Militar, pediram aumento real de salário, impostos menores para quem vive apenas do salário ou da aposentadoria, direitos trabalhistas para os terceirizados e o fim do fator previdenciário.
Os manifestantes pediram também a proibição de doações de bancos e empresas a candidatos a cargos eletivos, investimento de 10% do Produto Interno Bruto (PIB, soma de todos os bens e serviços produzidos no país) em educação, redução de jornada de trabalho para 40 horas semanais e reforma agrária.
“A agenda da classe trabalhadora está travada no Congresso Nacional. O Congresso não vota nossa proposta de redução de jornada sem redução de salário, não se manifesta em relação ao fim do fator previdenciário e não fala nada da questão da reforma agrária, que é importantíssima. Queremos forçar o Congresso e o governo a aceitar a nossa pauta”, destacou o secretário de Administração e Finanças da CUT, Vagner Freitas.
O ex-presidente da CUT e deputado federal Vicente Paulo da Silva, o Vicentinho (PT-SP), ressaltou a proposta do fim do imposto sindical, defendida pela central, e pediu a união das centrais. “É muito importante porque é a Central Única dos Trabalhadores com a sua cara própria, sem se confundir com outras centrais sindicais, mostrando que é possível, na luta, todo mundo estar junto”, disse.
Também participaram da manifestação, organizada pela CUT, representantes da Central de Movimentos Populares do Brasil e do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).
No início da manhã, no Aeroporto Internacional de Guarullhos, centenas de trabalhadores do setor aeroportuário protestaram contra o projeto de concessão dos aeroportos à iniciativa privada. Os manifestantes distribuíram panfletos e fizeram um “apitaço” no estacionamento e no saguão do aeroporto.