A polícia norueguesa disse ter detonado ontem (26) explosivos encontrados em uma fazenda que era alugada por Anders Behring Breivik, autor confesso dos ataques que resultaram em ao menos 76 mortes na sexta-feira (22). A polícia, porém, não quis informar a quantidade de explosivos que foi detonada ou sua composição.
As autoridades acreditam que Breivik produziu a bomba usando fertilizantes de um carregamento comprado sob a alegação de que seria usado para fins agrícolas.
Em um manifesto na internet atribuído a Breivik, ele diz que alugou uma fazenda e montou um negócio de fachada para encomendar 6 toneladas de fertilizantes, usados no atentado à bomba em Oslo.
A chefe do serviço interno de inteligência da Noruega, Janne Kristiansen, disse que não havia qualquer prova até agora de que o atirador tivesse ligações com extremistas de direita na Noruega ou em qualquer outro lugar.
Breivik disse que fazia parte de um movimento maior. Havia afirmado inclusive que tinha contatos no Reino Unido. Mas Kristiansen disse acreditar que ele agiu completamente sozinho. Ela também lançou dúvidas sobre as afirmações do advogado de Breivik, que disse acreditar que seu cliente era louco.
Ontem, polícia norueguesa divulgou o nome de algumas vítimas dos ataques. As identidades estão sendo divulgadas após as famílias terem sido comunicadas.
A polícia defendeu a forma como atuou nos eventos, rejeitando as críticas por ter chegado à Ilha de Utoeya cerca de 90 minutos após o início dos tiros. O Partido Trabalhista (no governo) disse que, apesar da tragédia, pretende voltar a organizar encontros de jovens no local.