O Reino Unido vai rever a vigilância aos grupos de extrema direita britânicos depois de o autor confesso dos atentados de sexta-feira (22) em Oslo, Anders Behring Breivik, ter revelado ligações com uma sociedade secreta em Londres.
O anúncio foi feito na Downing Street, residência oficial do primeiro-ministro britânico, David Cameron, após a reunião de hoje do Conselho de Segurança Nacional (NSC), na qual participaram vários ministros e responsáveis pelos serviços secretos britânicos. Na reunião, presidida por Cameron, foram analisadas as implicações que o atentado na Noruega poderá ter no Reino Unido e se as forças de segurança têm que aumentar a vigilância dos grupos de extrema direita.
No manifesto de 1.518 páginas que Breivik divulgou na internet antes do ataque, ele afirmava ser membro de uma sociedade secreta contra o Islã estabelecida em Londres em 2002.
Alguns veículos de imprensa britânicos alegaram que Breivik tinha ligações e simpatizava com a Liga da Defesa Inglesa (EDL, sigla em inglês), grupo de extrema direita. A EDL negou, num comunicado divulgado na sua página na internet, que Breivik tivesse qualquer tipo de relação com o movimento e condenou o duplo atentado de sexta-feira em Oslo.
Breivik, de 32 anos, é definido com um cristão ortodoxo, anti-islão e de extrema direita. Ele admitiu a autoria e participação no massacre em interrogatórios policiais, durante os quais qualificou a matança de “atroz, mas necessária”.