No último dia 21, o vereador Émerson Luiz, relator da CPI que investiga desvios de materiais de construção nas casinhas da CDHU em Panorama, visitou casa à casa ao lado do supervisor da CDHU, engenheiro Pércio Gasques e Silva, e do construtor André Ferreira, da empresa Filadélphia, acompanhados dos engenheiros Reinaldo Silva e Denise Terezinha.
Ambos observaram que os serviços apresentaram progresso nas últimas semanas. Mais de 90% das casas dos Conjuntos Panorama G1 e Panorama G2 já estão em fase de acabamento.
A licitação do Conjunto Panorama G3, que engloba 24 casas, cuja a empresa Sirius havia ganho a mão-de-obra foi cancelada e uma nova licitação está sendo feita, agora, em sistema global (em que a empresa é responsável pela mão-de-obra e pela compra dos materiais), devendo ser liberada nos próprios dias. Desse modo, o supervisor da CDHU, Pércio Gasques espera que sejam agilizados os serviços.
O vereador Émerson Luiz afirmou que houve avanços no canteiro de obras desde sua última visita ao local, no começo do mês, no entanto, ainda há diversas dificuldades a serem superadas para conclusão dos conjuntos habitacionais.
Segundo ele, naquela oportunidade, a empresa Filadélphia, responsável pela construção de 250 das 304 casas, tinha para levantar 30 casas e com o acompanhamento da CPI, todas as casas foram levantadas, restando apenas algumas para reboco e cobertura.
A pintura e as ligações de esgoto também estão bem adiantadas.
O engenheiro Reinaldo Silva informou que as obras de responsabilidade da empresa Sirius, no Conjunto Panorama G2, estão paralisadas, restando a construção de 7 das 54 casas sob sua responsabilidade.
Para o relator da CPI, a burocracia e a demora das licitações tem influenciado negativamente no andamento das obras. “Os construtores reclamam e com razão da falta de material. A Prefeitura não tem conseguido se organizar de maneira a evitar a falta desses materiais e, quando não, tem tido dificuldades para controlar o recebimento e a entrega dos mesmos. É muito fácil o acesso ao canteiro de obras, não há nenhum obstáculo.
A maioria das portas fica aberta dia e noite”, destacou o relator.
A falta de profissionais da municipalidade para fazer o intercâmbio entre Prefeitura, equipe CDHU e construtores, foi evidenciada na visita.
Na Prefeitura, o diretor administrativo Lincoln Bocchi, tinha se comprometido a disponibilizar um profissional do setor jurídico para agilizar as licitações de aquisição de materiais, bem como, manter o profissional que atualmente é responsável pelo controle e levantamento de materiais no canteiro de obras.
Émerson Luiz disse que exigirá que seja cumprido o prazo de entrega da obra, prevista para novembro deste ano. “Nosso objetivo é apurar eventuais irregularidades acerca de desvios de materiais de construção nas obras dos conjuntos habitacionais Panorama G1, G2 e G3 – e em paralelo – permitir que os mutirantes tenham garantido o direito à moradia o mais rápido possível”, destacou.
Segundo o relator, nos próximos dias será convocada uma audiência pública para prestar esclarecimentos do estágio das obras, sendo convidados mutirantes, representantes da CDHU, das construtoras e da Prefeitura de Panorama.
O relator afirmou ainda que pedirá ao presidente da CPI, vereador Sleiman El Aissami, que convoque o mais rápido possível os envolvidos em furtos de materiais nas casinhas da CDHU para serem ouvidos.
Segundo ele, o chefe do Executivo será notificado por escrito, à disponibilizar os profissionais necessários para auxiliar os trabalhos da CDHU e construtoras e, ainda, de imediato será sugerida a contratação de uma equipe terceirizada de segurança para prestar serviços no local.