A França não teve moleza para ganhar o Mundial por equipes de judô, no domingo (28), em Paris. Nem o gigante Teddy Riner, pentacampeão mundial. Aos 24 anos, 2,03m, 150 quilos e o singelo apelido de Baby, o brasileiro Rafael Silva levou a luta decisiva contra a máquina de ippons francesa para o “golden score” e perdeu por um yuko, o placar mínimo do judô.

“Riner não é imbatível, mas eu ainda tenho uma defasagem técnica e também física em relação a ele. Tive algumas chances durante a luta, mas ele dominou a minha manga e impediu que eu fizesse a pegada. É um craque nisso”, contou Rafael.

Baby trocou o caratê pelo judô apenas aos 15 anos, quando começou a treinar em Rolândia, no Paraná. Há apenas um ano e meio faz parte da seleção brasileira e desde então vem disputando seus primeiros torneios internacionais. A comissão técnica aposta muito nele e acredita que nos próximos dez meses até as Olimpíadas Rafael poderá melhorar muito.

Apesar de felizes com a prata, os judocas brasileiros não ficaram totalmente satisfeitos e acreditam que o ouro inédito tem tudo para finalmente vir em Salvador. Em outubro de 2012, a capital baiana vai receber o Mundial por equipes e de veteranos.

O meio-médio Flávio Canto, único judoca a participar das cinco medalhas que o Brasil conquistou por equipes até hoje – quatro de prata e uma de bronze – acha que o ouro está amadurecendo. A chance no ano que vem e em casa é ideal.

Os primeiros integrantes da seleção brasileira de judô desembarcam no Rio e em São Paulo na manhã da próxima terça-feira. Na bagagem, além da prata por equipes no masculino, cinco medalhas – duas de prata e três de bronze -, o maior número já conquistado pelo país em um Mundial.