A presidenta Dilma Rousseff disse hoje (2) que as medidas do Plano Brasil Maior de estímulo a alguns setores da indústria foram construídas “com ousadia” para que a indústria nacional possa competir em melhores condições com a “avalanche de manufaturados” importados que chega ao Brasil por causa da crise dos países ricos e pelas novas condições de produção internacional.
“Se a concorrência com os importados baratos e nem sempre de boa qualidade já tem sido uma luta injusta, saibam que, com a crise nos países desenvolvidos e a consequente retração nos seus mercados internos, a concorrência pode se tornar ainda mais difícil para a indústria brasileira”, disse Dilma no discurso de lançamento da nova política industrial.
Dilma garantiu que o governo está do lado da indústria e que é urgente oferecer condições tributárias e de financiamento adequadas ao estímulo dos investimentos produtivos e à geração de emprego na indústria nacional. “Nosso desafio é fazer tudo isso sem recorrer ao protencionismo ilegal que tanto nos prejudica e que tanto evitamos, sem ameaçar a estabilidade macroeconômica do país, sem abrir mão da arrecadação necessária para atender às demanda da população na área social e de infraestrutura”.
O pacote de medidas foi anunciado hoje porque, segundo a presidenta, nesse momento de incerteza internacional, o mais prudente é agir, e não, esperar. “É justamente numa situação de tensões no mundo que devemos mostrar, além de indispensável bom-senso, uma boa dose de ousadia”.
Entre as medidas do Plano Brasil Maior estão a desoneração da folha de pagamento para os setores da indústria nacional que empregam grande volume de mão de obra, como confecção, calçados, móveis e programas de computadores (softwares). Há também medidas que abrangem desoneração das exportações, defesa comercial, crédito e garantia às exportações e à promoção comercial.