O agravamento das doenças respiratórias crônicas, em especial a asma, é mais frequente no inverno em grande parte do país. Segundo a dra.
Jussara Fiterman, membro do Comitê Executivo da GINA Brasil (Iniciativa Global Contra a Asma), um dos motivos para isso é a queda brusca de temperatura, que causa estresse nas vias aéreas, desestabilizando as defesas e deixando o sistema respiratório vulnerável.
Em algumas regiões do país, o inverno vem acompanhado de baixa umidade relativa do ar, que também contribui para o agravamento de doenças respiratórias pré-existentes.
“O ar seco, assim como a queda das temperaturas, intensifica o ressecamento das vias aéreas, agravando as doenças preexistentes e podendo também induzir a um controle inadequado da asma”.
E não é só isso. Justamente nesta época, quando o organismo torna-se mais vulnerável com a queda da imunidade, há também maior reprodução dos diversos vírus que atingem as vias aéreas com aumento da transmissibilidade entre os indivíduos.
Isso ocorre pelo fato dos ambientes estarem menos ventilados, com as janelas sempre fechadas, além de maiores aglomerações, pois as pessoas optam por permanecer por mais tempo em ambientes fechados.
“Quem tem asma pode ter a doença exacerbada pelas infecções virais, tanto devido a diminuição das defesas provocada pela exposição ao frio, quanto pelo aumento da reprodução viral característica dos meses de inverno”, explica dra.
Jussara. Os principais sinais de que algo não vai bem são tosse, chiado no peito, falta de ar e, em casos extremos, a crise grave de asma. Para evitar estes problemas, a dra. Jussara sugere que os ambientes permaneçam sempre limpos, ventilados, e adequadamente umidificados.
É imprescindível manter as doenças respiratórias crônicas controladas, através dos tratamentos indicados pelos médicos e procurar um especialista em caso de dúvidas.