O comércio avaliou como positiva a nova política industrial, que criou estímulos para recuperação da atividade. Os lojistas, no entanto, consideram que o ideal seria uma a instituição de “uma política de Estado e, não, formas provisórias para segurar a situação de forma momentânea”. A declaração, feita hoje (3) pelo presidente da Confederação Nacional dos Dirigentes Lojistas (CNDL), Roque Pellizzaro Júnior, refere-se às isenções tributárias instituídas pelo Plano Brasil Maior, que têm validade apenas até 2012.
Pellizzaro diz que uma política de Estado para melhorar a competitividade da indústria poderia reduzir o custo Brasil, o que poderá não ocorrer a partir do Plano Brasil Maior “pois não se sabe se as medidas tomadas vão perdurar depois de 2013″.
A previsão dos lojistas é que “o Brasil vai sofrer um impacto externo maior por causa da situação da economia americana e da europeia”. Pellizzaro acredita que a tendência, a partir de agora, é “aumentar a entrada de moeda especulativa no país, porque o capital vai começar a fugir com mais força dos ambientes que estão em crise”.
Por isso, para os lojistas, o Banco Central deveria estabilizar a taxa básica de juros anual (Selic), o instrumento que remunera esse capital. “O capital só é bem-vindo quando for aplicado em investimentos duradouros”, disse o presidente da CNDL. Ele considera necessário aumentar a tributação sobre o capital que sai daqui para o exterior.