Cinco suspeitos de envolvimento no ataque ao Cassino Royale, na cidade de Monterrey, em Nuevo Leon, no México, foram presos pelas autoridades locais. De acordo com as primeiras informações, os cinco confessaram participação no crime. No último dia 25, o cassino foi incendiado e as saídas de emergência fechadas, provocando 52 mortes.
O crime é atribuído à disputa entre os cartéis Los Zetas e Golfo. Policiais informaram que integrantes dos Los Zetas são os autores do atentado e agiram em represália ao fato de os empresários da região não aceitarem pagar propina a eles.
O governador de Nueva Leon, Rodrigo Medina de la Cruz, disse que as investigações estão avançando. “Há cinco suspeitos detidos, todos confessaram [participação no atentado]”, disse. O ataque ocorreu quando homens armados invadiram o cassino, minutos depois o local foi incendiado e as saídas de emergência fechadas.
Ontem (28), uma manifestação reuniu cerca de 4 mil pessoas que protestaram contra a violência causada por grupos criminosos no México. Os manifestantes se concentraram em frente ao palácio do governo do estado de Nuevo León, exigindo a renúncia do governador Rodrigo Medina.
Durante o protesto, a maioria dos manifestantes vestiu branco e houve um minuto de silêncio. Por determinação do governo federal do México, foram deslocados para a região de Monterrey cerca de 800 militares que reforçarão o sistema de segurança e vigilância na região.
O ataque ao cassino em Monterrey foi considerado o maior desde 2006, quando o presidente mexicano, Felipe Calderón, deflagrou uma ofensiva contra os cartéis de drogas, armas e pessoas. Calderón e várias autoridades fizeram ontem um ato em homenagem às vítimas do ataque.