Em um balanço do primeiro ano de governo, o presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, proibiu ontem (9) à noite quaisquer iniciativas independentes de aproximação com os integrantes das guerrilhas que atuam no país. Santos se referiu às Forças Armadas Revolucionárias da Colômiba (Farc) e ao Exército da Libertação Nacional (ELN). Ambos os grupos são acusados de extorsão, torturas, sequestros e assassinatos em território colombiano.
“Não estão autorizados nem eu permito qualquer pessoa a ter contato com as Farc ou o ELN”, disse o presidente. Segundo ele, sua intenção é buscar a paz, mas para que isso ocorra é necessário “avançar em meio às circunstâncias apropriadas”. As informações são da Presidência da República da Colômbia.
“Devo reiterar que eu estou interessado na busca da paz, como presidente da República, mas para me conduzir a qualquer esforço levo em consideração a busca por um eventual diálogo, mas somente quando as circunstâncias o justificarem.”
Uma das alternativas examinadas pelo presidente é a negociação com as Farc e o ELN para a libertação dos reféns. Segundo ele, se os guerrilheiros aceitarem esta proposta, as articulações estarão na “direção certa”. No entanto, Santos ressaltou que a ação dos militares será cada vez mais intensa e “implacável na perseguição e no combate” dos grupos organizados que atuam na Colômbia.
De acordo com dados do governo, houve uma queda de 6% no número de homicídios, apenas no ano passado. Porém, Santos reconheceu que a segurança pública ainda é a principal preocupação para ele.
“Fizemos uma nova Lei de Segurança Pública com ferramentas poderosas para combater o crime e por meio de um trabalho conjunto com a maioria dos prefeitos e governadores vamos começar a ver resultados significativos na redução da criminalidade”, disse o presidente.