As autoridades da Noruega começaram hoje (11) a interrogar várias jovens que sobreviveram ao massacre de 69 pessoas, no último dia 22, na Ilha de Utoya próxima à capital do país, Oslo. No mesmo dia houve a explosão de um carro no centro de Oslo que matou oito pessoas.
O governo norueguês criou uma comissão independente para examinar as cobranças das famílias das vítimas e encaminhar propostas.
Pelos cálculos das autoridades, serão interrogados 590 jovens que estavam na Ilha de Utoya, alguns têm menos de 16 anos. No começo desta semana, representantes de todos os distritos policiais da Noruega receberam orientações para elaborar as perguntas para os interrogatórios.
A autoria dos crimes foi assumida por Anders Behring Breivik, apontado como simpatizante de movimentos radicais de extrema direita. Breivik é mantido isolado em uma prisão de alta segurança perto de Oslo. Às autoridades, ele disse que os atos foram uma reação ao aumento de muçulmanos no país.
Mette Yvonne Larsen, advogada de parentes das vítimas, cobrou das autoridades respostas à demora da polícia em chegar na ilha no dia do crime. “A polícia perdeu um tempo valioso e chegou demasiado tarde. O sistema falhou. Se um assassino pode continuar durante tanto tempo [sem ser detido], pelos nossos cálculos, a cada minuto perdido morreu uma pessoa e outras três foram feridas”, disse.