Após reunião da Câmara de Políticas de Gestão, Desempenho e Competitividade que discutiu entre outros temas a gestão da saúde no país, Jorge Gerdau disse que é contrário à criação de um imposto para financiar a saúde até que se tenha aprimorado a gestão da área.
“Enquanto houver deficiências de gestão como se tem na área de saúde não se deve criar mais impostos. Sou contra qualquer aumento de imposto enquanto eu não possa dizer: esgotei minha melhoria de gestão”, destacou o presidente da câmara. “O país tem que aprender a gerenciar sem fazer aumento da carga tributária”, completou. Ele citou que o Ministério da Saúde já fez evoluções na melhoria dos contratos de compra, chegando a economizar cerca de R$ 700 milhões.
Aprimoramentos de gestão na área da Justiça e nas obras para a Copa do Mundo de 2014 também foram temas da reunião de hoje, que teve a presença da ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann. Em relação à Copa, Gerdau disse que, embora houvesse preocupação com estádios e aeroportos, a avaliação é que “a fotografia geral é boa”.
“Na parte dos aeroportos, que é tema mais complexo, verifica-se que o sistema de concessões está no final das análises jurídicas necessárias. Os estádios vão estar em condições de realizar os jogos. Até estar pronto, não se deve estar tranquilo, mas acho que as coisas estão andando.”
Como é empresário, Jorge Gerdau fez uma análise sobre a alta do dólar, a pedido dos jornalistas. “É preciso ficar atento, porque a mudança de patamar foi muito rápida. Se comparar os preços de produtos no Brasil com preços internacionais você tem um real sobrevalorizado. Tem que se deixar o mercado trabalhar. Neste momento, a instabilidade talvez seja mais causada pela não confiabilidade do euro, e isso tem consequências em relação ao Brasil.”