Ontem, até as 15h, no ginásio Galenão da Fundec, ocorreu mais uma campanha de doação de medula óssea realizada pelo Lions Cinquentenário e Leo Clube junto ao Hemocentro de Marília. A expectativa dos organizadores era cadastrar em torno de mil possíveis doadores no Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea (Redome).

Maria Cristina da Costa, enfermeira do Hemocentro de Marília, disse que o objetivo da campanha não são os números, mas a qualidade das orientações sobre a doação repassada à comunidade. “Por isso, treinamos a equipe para o atendimento. A função é orientar o preenchimento das fichas, porque a campanha é só para cadastro. Caso haja compatibilidade com algum paciente, novos testes serão feitos antes da doação”, destacou.

Ela também informou que a maneira mais comum de doar medula é por meio de uma punção, realizada com agulha em um osso na região do quadril (não da coluna como muitos pensam), e os 10% retirados do organismo são recuperados em duas semanas.

A enfermeira destacou ainda que no Brasil é mais difícil encontrar doadores compatíveis devido à diversidade étnica do país, com a mistura de descendentes de vários povos. “As chances de encontrar um doador compatível no Brasil é de 1 a cada 100 mil. O Redome possui 2 milhões de pessoas cadastradas”.

O Hemocentro de Marília organiza de duas a três campanhas de medula óssea por mês com apoio de várias cidades da região. Maria Cristina da Costa lembrou que é muito importante os doadores manterem os dados atualizados no Redome, o que pode ser feito através do site www.inca.gov.br/doador.

Necessitam de transplante de medula óssea pacientes com produção anormal de células sanguíneas, geralmente causada por algum tipo de câncer no sangue, como leucemias, além de portadores de aplasia de medula e linfomas.

Em Dracena, a campanha de medula óssea ocorreu também em 2008, com apoio do Lions Cinquentenário, quando foram cadastradas 1.058 pessoas. No Brasil, cerca de 2 mil pessoas aguardam uma doação de medula.