O saldo da entrada e saída de dólares do país, fluxo cambial, fechou o mês de agosto positivo em US$ 4,155 bilhões e iniciou setembro, até o dia 2, também positivo em US$ 5,271 bilhões. De janeiro até 2 de setembro, o saldo positivo chega a US$ 65,085 bilhões, ante US$ 3,112 bilhões registrados em igual período de 2010. As informações foram divulgadas hoje (8) pelo Banco Central (BC).
Em agosto, o fluxo comercial (operações de exportações e importações) ficou positivo em US$ 6,667 bilhões, enquanto o financeiro (registro de investimentos em títulos, ações, remessas de lucros e dividendos ao exterior, entre outras operações) fechou o mês negativo em US$ 2,512 bilhões.
Nos dois primeiros dias de setembro, o fluxo financeiro ficou positivo em US$ 3,321 bilhões, enquanto o comercial teve saldo de US$ 1,951 bilhão.
De janeiro a 2 de setembro, o fluxo financeiro ficou positivo em US$ 34,020 bilhões e o comercial, em US$ 31,065 bilhões.
O BC também informou que as compras de dólares no mercado à vista elevaram as reservas internacionais em US$ 4,477 bilhões, em agosto, e em US$ 73 milhões, nos dois primeiros dias de setembro. As operações no mercado a termo (com liquidação em data futura, a curto prazo) ficaram em US$ 403 milhões, em agosto. Em setembro, elas não foram realizadas.
Os bancos fecharam agosto com posição de câmbio vendida em US$ 6,257 bilhões, ante US$ 6,302 bilhões registrados em julho. Essa posição indica a aposta dos bancos em relação à queda do dólar no mercado à vista. Desde abril de 2010, os bancos fecham os meses com posição de câmbio vendida.
Este ano, o BC determinou o recolhimento compulsório para reduzir as apostas em relação à queda do dólar, uma vez que em dezembro a posição vendida dos bancos estava em US$ 16,8 bilhões, um nível considerado alto. O recolhimento obrigatório ao BC é 60% sobre o valor da posição vendida de câmbio que exceder US$ 1 bilhão ou o montante equivalente ao patrimônio da instituição financeira.