A miss angola Leila Lopes conquistou na última segunda-feira, no Credicard Hall, em São Paulo, o primeiro lugar do concurso “Miss Universo 2011”, transmitido com exclusividade pela Band para todo o Brasil e para mais de 1 bilhão de pessoas no mundo. Descoberta há nove meses por Mukano Charles, um agente responsável por encontrar talentos no Reino Unido, Leila saiu do anonimato para a fama ao receber o título de mulher mais bela do mundo. A miss de 25 anos acredita que sua simpatia contagiou o público e os jurados.
“Acho que uma das minhas principais qualidades é o sorriso. Em Angola, alguns amigos me diziam que eu tinha que concorrer ao “Miss Angola”, que iria ganhar. Depois, me diziam que eu tinha que concorrer ao “Miss Universo”. Aos poucos fui acreditando e hoje estou aqui com a coroa na cabeça. É um sonho que se transformou em realidade”, disse Leila em entrevista para cerca de 400 jornalistas de todo o mundo, logo após vencer a disputa contra as outras 88 candidatas.
A angolana, que cursava faculdade na Inglaterra, acredita que o trabalho como “Miss Universo” vai muito além da beleza física. “Não acho que sou a mulher mais bonita do mundo. Para vencer o concurso, a candidata deve reunir uma série de qualidades. Agora, quero utilizar meu trabalho para ajudar muito meu país, bem como promover programas sociais em vários cantos do mundo”, afirmou Leila, que já trabalha com programas de prevenção e combate ao vírus HIV.
A mãe de Leila, Dulce Costa, se emocionou bastante com a conquista da filha. Logo após receber o título, as duas se abraçaram por quase dois minutos e desabafaram. “Agora ela vai morar em Nova Iorque e a vida dela vai mudar. A Leila será abraçada por outra família: a do mundo”, disse Dulce.
Leila Lopes é a quarta integrante do continente africano a vencer o concurso. Sobre o racismo, Leila foi enfática. “Não acho que tenho que levantar nenhuma bandeira. O racismo não me atinge. Quem é racista deve procurar ajuda porque isso é inaceitável em pleno século XXI”, finalizou.
BRASILEIRA FICA EM TERCEIRO – A concorrente angolana conquistou não só os juízes como também a torcida. A partir da decisão das dez finalistas, os presentes no teatro já demonstravam a preferência pela angolana e pela brasileira Priscila Machado, que terminou no terceiro lugar. A chinesa Luo Zillin também contava com uma grande torcida, com muitas bandeiras e animação, e ficou com a quinta posição. A “Miss Filipinas”, Shamcey Supsup terminou em quarto, enquanto o segundo lugar foi para a “Miss Ucrânia”.