A junqueiropolense Maria José Castilho (Zezé) já vivenciou os dias de glamour dos concursos de beleza. Ela foi eleita Miss Dracena e Alta Paulista em 1978, concorrendo com candidatas da região em desfile no Lions Clube de Dracena. O convite partiu da professora Shigueko Oto Iwaki, que levou algumas alunas para fazer o teste.
Maria José lembra que das seis ou sete meninas de Junqueirópolis que participaram apenas ela foi selecionada para o desfile. “Meus pais ficaram superfelizes, assim como eu, pois há 33 anos, era o maior sonho estar em um concurso destes. As maquiagens, os penteados, os esmaltes não eram tão comuns entre os adolescentes como agora. A TV Tupi sempre transmitia os concursos e eu tinha vontade de participar”, recorda.
Vencedora do desfile na região, Maria José também foi a representante de Dracena no Miss São Paulo, experiência que não esquece. “Ficamos 15 dias hospedadas no Danúbio Hotel, além de ensaios, orientação de passarela, conhecemos pontos turísticos da capital paulista, como o Terraço Itália e o Museu do Ipiranga”.
Em São Paulo, as candidatas desfilaram com traje social, traje típico – no caso de Maria José, o forte na região era o café – e de maiô. “Achava tudo lindo, glamouroso, a sensação de estar ali, ouvir os aplausos, é uma experiência inesquecível”, destaca Maria José, que guarda a faixa de Miss Dracena como uma relíquia.
Hoje, a professora de Educação Física aposentada continua marcando presença nos desfiles, mas como jurada. Também há 12 anos coordena a escolha da rainha da Aceruva, festa tradicional de Junqueirópolis, município em que foi vereadora. Maria José ainda desenvolve trabalhos na Fundação Casa de Irapuru.
“Cada concurso que assisto revivo toda aquela emoção. Por isso, quem tem a chance de participar e gosta deve aproveitar, porque tudo é válido. Fazemos amizade, conhecemos lugares. O que toda miss deve ter, além da beleza, é a humildade e saber o que está representando. Sou eternamente grata pelo convite que recebi”, finaliza Maria José.