A 15ª Bienal do Livro do Rio de Janeiro terminou ontem (11) com balanço positivo em termos de público e de faturamento, disse hoje (12) à Agência Brasil a presidente do Sindicato Nacional dos Editores de Livros (Snel), Sonia Jardim. “Acho que essa bienal foi a melhor da história. Ela chega à 15ª edição de uma forma consolidada.”
Segundo o sindicato, que promoveu o evento, durante 11 dias, 670 mil pessoas foram ao Riocentro, na Barra da Tijuca, onde ocorreu a bienal. O número representa um aumento de 5% em relação à edição anterior, realizada em 2009 (640 mil pessoas). Em ternos de faturamento, a expansão foi 12%, atingindo R$ 58 milhões, contra R$ 53 milhões na 14ª edição.
O preço médio do livro vendido durante a bienal deste ano foi R$ 20, mostrando redução em comparação ao valor cobrado em 2009 (média de R$ 24 por livro comercializado). Ao todo, foram vendidos na bienal 2,815 milhões de livros, 15% a mais do que em 2009, quando o total chegou a 2,4 milhões de exemplares.
A presidente do sindicato comemorou o fato de 76% dos visitantes terem comprado livros nessa bienal. “Compraram uma média de 5,5 exemplares per capita. Na bienal passada, a média foi 4,8 livros. É um sinal de que o brasileiro está despertando para a importância do livro dentro do contexto cultural”. Ela discorda dos críticos que dizem que o brasileiro não gosta de ler. “Isso não é verdade.”
Segundo ela, o evento deste ano mostrou que é possível “colocar o livro sob o holofote, trazê-lo para uma posição de destaque que ele merece, dentro da nossa sociedade”.
Sonia também chamou a atenção para o número recorde de professores visitantes da bienal. A ideia é que os 80 mil docentes se tornem multiplicadores da leitura nas escolas. “Com esse aumento da visitação do número de professores, eu acho que a gente ainda vai ter um benefício nos próximos tempos na melhoria dos índices de leitura.”
Ela destacou a presença recorde de público no feriado de 7 de Setembro, quando 110 mil pessoas visitaram a bienal. “A gente já se prepara para a próxima bienal pensando de que forma pode receber um público tão grande com mais conforto.”
Da parte da direção do Riocentro, já foi providenciada a colocação de uma terceira bomba, para evitar problema de desabastecimento de água durante o evento. Sonia Jardim acredita que também a questão de melhoria do transporte público estará solucionada até a próxima edição da bienal. “Eu acredito que os problemas de trânsito e de estacionamento também vão ser contornados com a questão da melhoria de acesso ao transporte público”.
A 16ª edição da Bienal do Livro do Rio de Janeiro está marcada para o período de 5 a 15 de setembro de 2013. Como este será o Ano da Alemanha no Brasil, o Snel quer que o país da Europa Central seja o homenageado no evento. O convite foi feito no ano passado ao embaixador alemão, Wilfried Grolig.
O Brasil será, por sua vez, homenageado em 2013 na Feira do Livro de Frankfurt.