As estratégias das unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) serão avaliadas pelo governo do Rio em um seminário marcado para quinta-feira (8) e sexta-feira (9). O comandante das UPPs, coronel Robson Rodrigues, disse hoje (7) durante a formatura de 489 policiais militares, na zona norte do Rio, que o seminário já estava na agenda da Secretaria de Segurança Pública há algum tempo.
Recentemente, algumas pessoas ficaram feridas em confrontos entre militares e moradores de comunidades pacificadas ou em processo de pacificação. “Tudo isso faz parte de um aprendizado. Ainda estamos no meio do caminho e vamos fazer agora uma avaliação não só desses casos [de violência], mas de todos os fatores que têm influenciado as UPPs.”
O governador do Rio, Sérgio Cabral, que participou da solenidade, disse que as mudanças nas comunidades envolvem ações de moradores e de policiais. “São 30, 40 anos em que a polícia só entrava para atirar e a comunidade vivia refém de bandidos. Esse é um processo de reeducação recíproca, tanto das forças de segurança quanto da comunidade. O governo está disposto a aprender e a maioria da comunidade também.”
Dos quase 500 recém-formandos, 385 militares vão atuar no Morro da Mangueira, zona norte do Rio, onde será inaugurada a próxima UPP. O restante dos policiais diplomados vai substituir homens que precisaram ser transferidos do interior para outras UPPs.
Em meados do ano que vem, os complexos do Alemão e da Penha devem receber unidades de Polícia Pacificadora. Até lá, o Exército permanecerá no local com a Força de Pacificação.
De acordo com o governo do estado, até o fim de 2014, estarão em atividade cerca de 12,5 mil policiais, de 40 a 45 UPPs, em 175 favelas pacificadas.