Os governos do Egito e de Israel fizeram um acordo para a troca de 25 prisioneiros egípcios – detidos em prisões israelenses – por um militar israelense que nasceu nos Estados Unidos, detido em uma penitenciária egípcia. Segundo as autoridades israelenses, a maioria dos presos egípcios estava envolvida em contrabando.
Há quatro meses, o militar israelense, mas com nacionalidade norte-americana, Ilan Grapel, de 29 anos, foi preso sob a acusação de espionagem. Mas a Justiça do Egito não apresentou provas contra ele.
A negociação ocorre em um momento delicado para Egito e Israel, que tentam reaproximação, depois da renúncia do então presidente da República egípcio Hosni Mubarak, em fevereiro. A decisão ocorreu também depois de uma semana do acordo entre as autoridades israelenses e do Hamas, grupo radical islâmico, para a troca de prisioneiros.
No último dia 18, o Hamas aceitou entregar, depois de cinco anos mantido em cativeiro pelo grupo, na Faixa de Gaza, o soldado israelense Gilad Shalit, de 25 anos, em troca da libertação de 1.027 palestinos – apontados como presos políticos pelos israelenses.