Após quase dez meses de investigações, a Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) de Dracena, comandada pela delegada Maria Ângela Tófano Rodrigues concluiu que uma jovem de pouco mais de 20 anos, residente na região, inventou uma história de que teria sido estuprada. 

Inicialmente a suposta vítima alegou que após descer de um ônibus foi seguida por dois homens que também estavam no coletivo e ela acabou sendo levada para um matagal onde ocorreu o estupro praticado por um dos indivíduos; o outro ficou apenas olhando. 

Após ser submetida a uma entrevista com o investigador Rodrigo Freitas, a polícia suspeitou que a moça estava mentindo. Diante da suspeita da investigação, a jovem acabou confessando que inventou a denúncia de estupro para esconder um aborto que ela praticou e não queria que a família descobrisse.  

De acordo com a delegada Maria Ângela, as investigações detectaram contradições na história contada pela suposta vítima, cujo nome não foi divulgado, revelaram informações mentirosas e todos os elementos mostraram várias mentiras contadas pela jovem.  

A DDM agora vai continuar investigando um provável crime de aborto neste caso. “Ela achou que estaria grávida e essa informação está sendo investigada com muito cuidado”, afirmou a delegada.

Maria Ângela disse que a jovem que mentiu sobre o estupro, acusa o próprio pai de ter a auxiliado para conseguir o medicamento abortivo Citotec.

A jovem pode responder pelo crime de provocar aborto, além da comunicação falsa de crime de estupro. 

A delegada Maria Ângela disse ainda que existe outra denúncia de estupro na região para ser apurada, onde a vítima menor de idade alega que foi estuprada por dois elementos, mas a polícia suspeita que as informações podem ser mentirosas.