Reconhecido mundialmente como o primeiro historiador da arte, o italiano Giorgio Vasari, que nasceu em 1511 e morreu em 1574, é tema de uma exposição na Biblioteca Nacional, no Rio de Janeiro. A mostra Giorgio Vasari e a Invenção do Artista Moderno celebra os 500 anos do pintor e arquiteto e faz parte do calendário de atividades do Momento Itália no Brasil.
Incentivador de Michelangelo e outros artistas no renascentismo, Vasari fez o projeto arquitetônico da Galleria degli Uffizi, hoje sede do principal museu de Florença. Também foi o autor das pinturas que decoram o Palazzo Vecchio, sede do governo da cidade italiana, onde fundou em 1563 a primeira academia de belas artes.
Estão expostas 110 peças de Vasari que integram o acervo da Biblioteca Nacional, entre elas três edições de Vida dos Mais Excelentes Pintores, Escultores e Arquitetos. Lançada em 1550, a obra é considerada o livro fundador da historiografia artística.
“Até hoje, esse livro é referência nos estudos sobre a arte do renascimento. Sem ele, a ideia sobre esse período teria contornos diferentes e outros protagonistas”, destaca a curadora Elisa Byington.
Outros destaques da mostra são as reproduções de gravuras como Laocoonte, de Pierre Perret, que trata do episódio da mitologia relatado na Ilíada de Homero e na Eneida de Virgilio. Para o presidente da Biblioteca Nacional, Galeno Amorim, a exposição reforça a qualidade do acervo da instituição, detentora de obras raras existentes só nos maiores museus do mundo.
“Vamos investir cada vez mais em exposições desse porte para apresentar o imenso material histórico que está à disposição dos brasileiros”, ressalta.
Com entrada franca, a exposição Giorgio Vasari e a Invenção do Artista Moderno fica aberta ao público até 11 de dezembro no Espaço Cultural Eliseu Visconti, com acesso pelo jardim da Biblioteca Nacional (Rua México, s/n, centro). O período de visitação é de terça a sexta-feira, das 10h às 18h, aos sábados, das 10h às 17h, e aos domingos, das 12h às 17h.