Depois de conseguirem com muito esforço a liberação das 30 casas que faltavam para completar o Conjunto Habitacional Paulo Vendramini 2, os moradores agora querem agilizar o processo para iniciar as obras e entregá-las aos respectivos donos. A situação de abandono destas casas tem gerado problemas à vizinhança com o aparecimento de aranhas, escorpiões, ratos, além de andarilhos que dormem nas construções e usuários de drogas.

Geilton Carvalho, presidente do mutirão e o vice Genilson Vieira procuraram a reportagem para relatar o problema. A equipe do Jornal Regional foi até o local e os representantes do mutirão mostraram o mato que cresce ao redor das casas, também a sujeira encontrada dentro e fora delas, comentaram sobre as telhas que estão sendo levadas embora, o risco de doenças como a dengue pela água parada nos tanques destas casas e também a cobrança dos moradores já sorteados que veem as residências serem consumidas pelo tempo. Muitos deles estão residindo de aluguel, de favor e outros até já morreram. 

Os líderes comunitários disseram que após a liberação das casas, deveria ser publicado o edital para licitação da empresa que irá reconstruí-las, o que não aconteceu até o momento. “Estamos sempre ligando na CDHU de Presidente Prudente e na sexta-feira, fomos informados de que o processo estaria em São Paulo e não há prazo para publicação”, comentou Geilton.

Eles também disseram que esperam atenção maior por parte da Prefeitura e da Secretaria Municipal de Habitação de Dracena para conseguirem, com os moradores, fazer com que as casas sejam entregues o mais rápido possível. “Se não tiver nenhuma posição, vamos organizar uma manifestação na cidade, caso não resolva, vou a São Paulo ver a possibilidade de emergência nas obras com dispensa de licitação, já que faltam poucas casas”, afirmou Geilton.

Carla Fátima é vizinha de uma das casas abandonadas e, na sexta-feira, mostrou alguns insetos capturados na cozinha de sua casa. Ela ainda reclamou do aparecimento constante de ratos, inclusive encontrando filhotes, aranhas e pediu também a colaboração dos próprios moradores para que não joguem o lixo nas casas não habitadas.

HABITAÇÃO – O secretário Carlos Crociolli informou que tem cobrado a CDHU de Presidente Prudente, que repassou as informações preliminares a São Paulo, mas lá não tem condições de saber o andamento do processo. Também disse que na Secretaria não há nada parado, as 113 casas do conjunto foram entregues e o Ministério Público liberou as outras 30 casas que faltavam.

“Infelizmente, a parte burocrática é demorada e agora o processo cabe a CDHU de São Paulo”, finalizou.