Em reunião durante todo o dia de hoje (17), a Comissão de Ética Pública da Presidência da República analisará a denúncia publicada pela revista Veja contra o ministro do Esporte, Orlando Silva, de que ele teria recebido dinheiro desviado do Programa Segundo Tempo.
O presidente da comissão, Sepúlveda Pertence, disse que a acusação é “grave”, mas que ainda é preciso ter mais elementos para se chegar a qualquer conclusão. “Talvez a coisa ainda esteja um pouco verde”, disse. Depois de ouvir mais questionamentos sobre o caso, completou. “A acusação de suborno é sempre grave, depende de quem a sustenta”.
A reunião da Comissão de Ética começou pela manhã e, apenas na parte da tarde, os conselheiros vão analisar a matéria da revista que traz as denúncias envolvendo Orlando Silva.
Perguntado sobre o fato de a comissão ter decidido investigar o ex-ministro da Casa Civil Antonio Palocci, às vésperas de sua saída do cargo, e não ter divulgado o fato, Pertence respondeu que a decisão é por sempre divulgar as informações, mas que, nesse caso, houve uma divergência interna.
“A comissão decide sempre que a abertura [de investigação] deveria ser publicada. Houve uma divergência”, disse Sepúlveda. Matéria publicada hoje, pelo jornal Folha de S.Paulo, informa que dois procedimentos foram instaurados para investigar Palocci, mas não chegaram ao conhecimento público.
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