O advogado de defesa do ex-prefeito Luiz Carlos Henrique da Cunha, Wenderson Pigossi, concedeu entrevista no começo da noite de sexta-feira (11), para falar sobre a condenação inicial do então candidato por compra de votos pela Justiça Eleitoral de Tupi Paulista.  Sobre a suposta compra de votos, Pigossi não afirmou e nem descartou a possibilidade da participação de políticos da oposição, através de denúncia. O advogado não deixou claro quem são os opositores. “Outras tentativas já foram feitas para evitar que Luiz fosse candidato, nas eleições de 2004 uma sentença desfavorável e injusta inibiu que ele se lançasse candidato a prefeito, posteriormente, esta sentença foi anulada pelo Tribunal de Justiça de São Paulo”. 

A reportagem questionou se esta condenação inicial abalaria as intenções políticas de Luiz Carlos no próximo ano, o advogado afirmou que seu cliente é pré-candidato a prefeito e tem plena convicção que será absolvido pelo TRE-SP e, se isso não ocorrer, recorrerá ao TSE em Brasília. A pena de prisão foi substituída pela prestação de serviço à comunidade e pagamento de um salário mínimo, portanto, ele não será preso, afirmou o advogado.

Em relação ao ocorrido na época, ele contou que a equipe de campanha de Luiz havia contratado algumas moças para fazerem o alistamento de fiscais para trabalharem no dia da eleição, cujas pessoas entrevistadas para prestarem referidos serviços acabaram ao final se voltando contra o candidato. “Pelo perfil dessas pessoas, tudo indicava que seriam eleitores e cabos eleitorais de candidatos opositores”, disse.

De acordo com a defesa, depoimentos prestados na delegacia pelos denunciantes, não confirmaram a suposta compra de votos, e nem a participação de Luiz Carlos em qualquer crime. “Numa mesma rua de um mesmo bairro havia pessoas se contradizendo nas versões apresentadas a polícia e em juízo”, justificou. 

Não há prova no processo de que Luiz Carlos tivesse oferecido dinheiro ou qualquer outra vantagem a eleitores, nem mesmo ordenado que alguém fizesse em seu nome, é com base nisso que temos convicção que o TRE vai modificar a decisão do juízo de Tupi Paulista.   

“É importante esclarecer para a população que Luiz está com a consciência tranquila de que não cometeu nenhuma irregularidade e, se algum morador de Panorama já vendeu seu voto algum dia, sabe bem para quem vendeu e sabe bem quem compra votos. A gente não está afirmando e nem apontando quem faz, porém temos a consciência tranquila de que se alguém faz, sabe que faz”, finalizou.