O ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, deve propor hoje (22) que os recursos do Fundo Amazônia, que reúne verbas públicas e privadas, sejam utilizados pelos oito países que integram a região e não só pelo Brasil, como é feito atualmente. A ideia é utilizar os recursos para melhorar os indicadores sociais do Brasil, da Bolívia, da Colômbia, do Equador, da Guiana, do Peru, do Suriname e da Venezuela.
Criado há 11 anos, o Fundo Amazônia tem como meta a promoção de projetos para a prevenção e o combate ao desmatamento, além da adoção de medidas de conservação e uso sustentável das florestas no bioma amazônico. A gestão é do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Os recursos do Fundo Amazônia são aplicados sob a forma de financiamentos não reembolsáveis.
A proposta de ampliação no uso dos recursos do fundo faz parte dos preparativos globais para a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20), que ocorrerá no Rio de Janeiro, no ano que vem. O objetivo é aliar as decisões sobre as questões ambientais associadas às medidas de inclusão social e desenvolvimento sustentável.
O desenvolvimento sustentável da região amazônica é tema hoje da 11ª Reunião de Ministros das Relações Exteriores, em Manaus, no Amazonas, onde Patriota reúne-se com os chanceleres da Bolívia, da Colômbia, do Equador, da Guiana, do Peru, do Suriname e da Venezuela. Na ocasião, o ministro brasileiro ressaltará que os debates ocorrem no momento em que os oito países que integram o grupo dos países-membros da Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (Otca), fundado há 13 anos, desfrutam de equilíbrio político e econômico.
Na reunião, serão examinados também temas da agenda comum relacionados a meio ambiente, saúde, turismo e ciência e tecnologia e inclusão social das populações amazônicas.