O presidente da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso, garantiu hoje (21) ao novo primeiro-ministro da Grécia, Lucas Papademos, que a União Europeia vai disponibilizar seus “melhores recursos” para ajudar os gregos. Mas Barroso ressaltou que o governo da Grécia também deve priorizar seus próprios esforços. Os dois conversaram hoje em Bruxelas, na Bélgica.
Em entrevista coletiva conjunta, Durão Barroso e Papademos usaram a expressão “tarefa hercúlea” sobre o enfrentamento dos impactos da crise econômica na Grécia. “Este é talvez o momento mais delicado dos últimos 18 meses para a Grécia”, disse Durão Barroso, lembrando que a busca pela estabilidade é fundamental para o país.
O presidente da Comissão Europeia disse ainda que percebe a frustração e o incômodo dos gregos em relação ao plano de austeridade a ser adotado no país. Porém, segundo ele, alternativas mais duras poderiam ser adotadas e as consequências seriam mais intensas.
Na Grécia, a adoção de um plano de austeridade – que determina o aumento de impostos e de tarifas públicas, cortes de funcionários públicos e a redução de salários e benefícios previdenciários – gerou manifestações em todo país. Houve protestos generalizados e anúncios de paralisações.
Porém, para receber ajuda da União Europeia e do Fundo Monetário Internacional (FMI), a Grécia deverá atender a uma série de exigências, que incluem a redução de gastos públicos e garantias de condições para manutenção do pagamento da dívida interna.