Estudo divulgado hoje (18) pelo Fundo de População das Nações Unidas (Unfpa) mostra que os índices de maternidade precoce na América Latina são maiores entre as jovens afrodescendentes do que no restante da população jovem.
De acordo com o relatório Juventude Afrodescendente na América Latina: Realidades Diversas e Direitos (des)Cumpridos, no Equador, 23% das jovens afrodescedentes com idade entre 15 e 19 anos eram mães em 2001, enquanto no restante da população jovem do país o índice chegava a 16%.
Na Colômbia, a taxa alcança 18% contra 14%; no Brasil, 17% contra 13%; na Costa Rica, 16% contra 13%; e em El Salvador, 16% contra 15%. Na Guatemala, em Honduras, na Nicarágua e no Panamá, a porcentagem de mulheres jovens que são mães é menor entre afrodescendentes, mas os altos números são considerados pelo fundo como preocupantes.
Jovens que frequentaram pouco a escola representam a maioria dos casos de maternidade precoce na América Latina – sobretudo jovens afrodescedentes com menos de cinco anos de estudo. A taxa de maternidade no grupo varia de 21% e 37% na região. Já entre as jovens com maior escolaridade, os índices variam de 5% a 11%.