A Polícia Civil de Flora Rica através do delegado Cleber Augusto Batista prendeu em flagrante o motorista da carreta T-113, vermelha, que tracionava dois semi-reboques. Francisco Aparecido Paris, 46 anos, residente em Santo Expedito, foi preso após se envolver na colisão frontal com o Gol, 95, cinza, de Santo Expedito, dirigido por Carlos Alberto de Oliveira, que resultou na morte de quatro pessoas e deixando outras duas feridas em estado grave, na rodovia Júlio Budiski (SP-501) nas proximidades de Flora Rica.

O motorista que foi autuado por homicídio culposo na direção de veículo, lesão corporal culposa e por fuga em local de acidente, mesmo internado em um hospital de Presidente Prudente, permaneceu preso sob a escolta da Polícia Militar.

O acidente aconteceu domingo (6), às 5h50, quando a carreta trafegava no sentido Flora Rica a Irapuru e no km 69,500, teria invadido imprudentemente a contra mão de direção e batido de frente com o Gol que seguia com destino a Flora Rica.

No acidente faleceram Carlos Alberto Oliveira, 45 anos; Vera Lúcia de Oliveira (47); Leila Maria de Oliveira (46) e Maria da Glória de Oliveira (67), todos moradores de Álvares Machado. Foram socorridas em estado grave ao hospital de Dracena uma criança de 4 anos e Antenora Vital de Oliveira (39). A mulher permaneceu internada na UTI e a criança foi transferida para Presidente Prudente.

Os corpos das vítimas fatais foram retirados do carro por Bombeiros de Dracena. A polícia ficou sabendo que o motorista da carreta deu entrada no hospital de Presidente Prudente.

O delegado Cleber e uma equipe foram até o local para verificar se Francisco estava ou não dirigindo sob estado de embriaguez alcoólica, mas ele não autorizou a retirada de sangue para o exame de dosagem.

O motorista do bitrem disse à polícia que o Gol trafegava com os faróis apagados e para evitar a batida tirou para a pista contrária, sendo que Carlos Alberto também foi para o mesmo lado ocorrendo a colisão.

Francisco negou que tivesse deixado o local do acidente e confirmou que foi socorrido pela ambulância de Santo Expedito até Presidente Prudente. Uma irmã dele, identificada pela polícia, negou ter favorecido a fuga do mesmo, afirmando ter a intenção de socorrê-lo.

A Polícia Civil apurou preliminarmente ainda que o motorista da carreta foi visto e abordado deixando o local do acidente em outro carro que estava parado na ponte existente nas proximidades.

Francisco, que não aparentava estar embriagado, teria alegado a um policial que pretendia ser medicado em Presidente Prudente, pois tinha convênio médico.

A perícia informou ao delegado Cleber que a carreta seguia na contra mão de direção em uma velocidade aproximada de 120 km por hora, conforme o tacógrafo registrou e que não havia marcas de frenagem.

Consta no boletim de ocorrência da Polícia Civil que a carreta arrastou o automóvel por 160 metros do local da colisão.

Diante dos fatos apurados preliminarmente, o delegado Cleber e o investigador Valdeir foram até Presidente Prudente, onde o motorista da carreta recebeu voz de prisão e não teve direito à fiança criminal na fase policial em virtude da soma das penas nos crimes de homicídio culposo, fuga em local de acidente e lesão corporal culposa, conforme o que prevê o Código de Trânsito Brasileiro. 

De acordo com informações de parentes, os ocupantes do Gol retornavam para Álvares Machado após terem participado no sábado (5) à noite de um casamento em Dracena. Eles eram tios e primos do gráfico falecido Antônio Carlos da Palma.

Ontem (7) à tarde, Edson Palma, diretor de frota da Prefeitura de Dracena, irmão do gráfico falecido, disse que Carlos era primo dele e Maria da Glória, prima.

Segundo Edson, o motorista do Gol era filho de Maria da Glória e irmão de Leila e Vera Lúcia; Antenora, a esposa dele e a criança sobrinha.

Edson explicou ainda que os ocupantes do automóvel ficaram na festa de casamento da filha do gráfico falecido até meia-noite e depois foram dormir, saindo às 5 horas da madrugada com destino a Álvares Machado e no caminho sofreram o acidente.