A Comissão Europeia decidiu hoje (7) reduzir a ajuda financeira que faz a 19 países emergentes, incluindo o Brasil, a Índia e a China. O dinheiro será destinado a outros países mais pobres.
As propostas de orçamento para ações externas entre 2014 e 2020 foram apresentadas em Bruxelas, na Bélgica, e chegam a 96 bilhões de euros. O valor faz parte de recursos para ações de combate à pobreza, de promoção da democracia, da paz, da manutenção da estabilidade e da prosperidade.
“Mesmo em tempos de crise, a Europa deve olhar para o exterior. Nossa segurança e prosperidade depende do que ocorre fora das nossas fronteiras, sobretudo na nossa própria vizinhança”, declarou a alta representante da União Europeia (UE) para a Política Externa, Catherine Ashton.
Segundo o novo “princípio da diferenciação”, apresentado em Bruxelas, a União Europeia destinará maior porcentagem de recursos financeiros a áreas onde essa ajuda pode fazer mais diferença.
“Os países com capacidade de gerar recursos suficientes para assegurar o próprio desenvolvimento deixarão de ter a ajuda financeira bilateral, passando, em contrapartida, a se beneficiar de novas formas de parceria e continuarão a receber dinheiro por meio dos programas temáticos e regionais. Essa ajuda será complementada por diferentes modalidades de cooperação, tais como empréstimos”, informa o comunicado de Bruxelas.
O novo pacote de medidas será agora transmitido ao Parlamento Europeu e ao conselho e deverá ser adotado em 2012.
Países-membros da União Europeia passam por dificuldades econômicas por conta da crise econômica internacional. A Grécia, Espanha, Itália, Irlanda e Portugal são os países que enfrentam mais dificuldade.