Junqueirópolis registrou a primeira morte em decorrência da leishmaniose deste ano, na semana passada. A vítima foi uma criança de um ano e um mês, que morava no Jardim Primavera. Segundo informações da Vigilância Epidemiológica, o menino foi internado no último dia 28, no dia seguinte foi transferido para Presidente Prudente, onde faleceu no último dia 4. Até o momento, a cidade tem quatro casos da doença.
De acordo com dados da Vigilância, a última morte por conta da leishmaniose registrada no município havia sido em 2007. No mesmo ano houve nove casos da doença. Em 2008 foram 14 casos (doença); em 2009 foram cinco casos e em 2010 foram seis.
A educadora de saúde, Márcia Gomes, informou que há agentes atuando em todas as áreas (urbana e rural) do município, que possui oito equipes do Programa Saúde da Família (PSF) e considerou que as ações são contínuas no controle da leishmaniose. “Percebemos que as ações mais eficientes estão ligadas ao manejo ambiental e a retirada dos animais doentes”, diz.
A orientação é deixar os quintais limpos, sem qualquer tipo de matéria orgânica (fezes de animais, folhas, frutas, etc.) que propicia a proliferação do mosquito. A leishmaniose visceral é causada pelo protozoário leishmania e transmitida pela picada do inseto conhecido como mosquito palha. “O município fornece sacos plásticos transparentes de 100 litros para que a população acondicione as folhas, que são recolhidas e destinadas para o projeto de adubo orgânico”, conta.
Para Márcia, o período é crítico uma vez que é época de mangas na região e muitas pessoas deixam as frutas apodrecerem nos quintais. “É humanamente impossível só os funcionários da Saúde e Prefeitura controlarem a doença. Caso não haja participação popular, continuaremos tendo registros de óbitos, é um caso de responsabilidade coletiva e não só do poder público”, conclui.