A inflação será menor em 2012 do que a verificada este ano, disse hoje (20) o presidente do Banco Central (BC), Alexandre Tombini, em audiência na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado. Além dos preços mais baixos, Tombini também espera maior crescimento econômico no próximo ano do que em 2011.
Segundo Tombini, a redução da inflação no país é um processo que está em curso. O presidente do BC voltou a enfatizar que o efeito das alterações na taxa básica de juros, a Selic, é defasado e cumulativo. “As medias adotadas foram mais sentidas no terceiro trimestre. Primeiro afeta as condições da economia e, em segundo momento, a inflação”, explicou.
A taxa Selic foi elevada, no total, em 1,75 ponto percentual, nas reuniões de janeiro a julho do Comitê de Política Monetária (Copom) do BC. Já em agosto, outubro e novembro, o comitê decidiu reduzir a taxa em 0,5 ponto percentual, em cada reunião.
Na audiência, Tombini lembrou que houve adequação nas medidas macroprudenciais (restrição ao crédito), mas foi mantido o foco na redução de riscos à economia e ao sistema financeiro.
Tombini destacou ainda que “a situação fiscal forte” ajuda o Brasil a enfrentar “tempos complexos” (crise econômica externa). Além disso, ele citou que o país conta com colchões de liquidez em reais e em moeda estrangeira, o que também dá ao Brasil capacidade de reação em um cenário de maior turbulência externa.