O presidente da Síria, Bashar Al Assad, negou hoje (7) ter dado ordens para reprimir e até matar manifestantes que, há nove meses, protestam contra o regime em várias cidades do país. Em entrevista ao telejornal ABC News, da rede de TV ABC, dos Estados Unidos, Assad disse que “apenas um louco” mataria seu próprio povo.
Assad disse que não se considera dono do país ou do Exército. Também não se sente culpado pela violência, embora tenha dito que lamenta as vidas perdidas. Para ele, a Organização das Nações Unidas (ONU) é uma “instituição sem credibilidade”.
A ONU estima que, de março a dezembro, mais de 4 mil pessoas morreram na Síria em decorrência da repressão das forças policiais aos manifestantes. Assad, segundo uma comissão especial de peritos, é responsável por vários atos de violação de direitos humanos, como estupros, assassinatos, prisões indevidas e até mortes de crianças.
A Liga Árabe, formada por 23 nações, tenta negociar o fim do impasse na Síria. Para isso, exige que Assad autorize a entrada de observadores estrangeiros no país. No entanto, o governo sírio discorda dos termos da proposta embora aceite a presença dos monitores.