A organização não governamental (ONG) Viva Rio promove hoje (9), em sua sede na Glória, zona sul da capital fluminense, um encontro com o objetivo de debater diretrizes para o futuro das favelas. O evento faz parte das comemorações dos 18 anos de fundação da ONG e reúne o comandante das unidades de Polícia Pacificadora (UPPs), Rogério Seabra, e líderes de várias comunidades da cidade do Rio e da região metropolitana.
Com o nome O Futuro da Favela, o encontro aborda o avanço da relação entre polícia e moradores de comunidades, a partir do ponto de vista da pacificação. Segundo o coordenador de Articulação e Gestão de Redes Sociais do Viva Rio, Carlos Costa, no encontro devem ser estabelecidas novas metas e estratégias paras as comunidades.
Para o coordenador do Viva Rio, a implantação das UPPs está promovendo uma integração entre as comunidades e o restante da sociedade, criando uma expectativa positiva nas pessoas. “Aquela sociedade está começando a se livrar dessas amarras, dessas algemas que a impedia de atuar e de ter a sensação e um sentimento de sociedade integrada aos demais segmentos.”
Ao se referir às últimas ocupações feitas pela polícia, como a ocorrida na Rocinha, na zona sul do Rio, em novembro, Carlos Costa também ressaltou a importância do modelo de segurança adotado pelo estado. “Hoje é o que está na moda [referindo-se à UPP], é o investimento do momento. Fala-se muito mais em UPP do que em PAC [Programa de Aceleração do Crescimento], fala-se mais em proximidade com a segurança pública, diminuição do poderio bélico do que efetivamente em urbanização,”