Poucos atletas carregaram um histórico de lesões tão grande como Marcos. A carreira do goleiro foi inteiramente marcada por contusões. Basta ver que, em seus 18 anos como profissional, ele fez “apenas” 530 jogos pelo Palmeiras, quase a metade do que seu amigo e contemporâneo Rogério Ceni, que já soma 1.016 pelo São Paulo. Marcos tem 38 anos. Ceni, que completará 39 no próximo dia 22, deve se aposentar somente em dezembro.
A primeira lesão grave ocorreu em 2000, quando fraturou o punho esquerdo. Por isso, os movimentos da mão esquerda de Marcos são limitados até hoje. Mas ele agradece o fato de não ter encerrado precocemente a carreira. Depois, o ídolo palmeirense acumulou uma série de outros problemas que chegou a elencar, em uma entrevista em abril do ano passado.
“Já tive fratura na tíbia, no tornozelo direito. Cheguei a colocar uma placa, mas tirei porque me incomodava. Também tive problema no adutor, no punho e três vezes no antebraço. Também tive na clavícula, cabeçada na cara. Não tem como não ter nada. Você corre contra todo mundo. Os atacantes e os zagueiros estão vindo e você saindo contra eles. Faz parte da profissão”, salientou na ocasião.
Os últimos momentos de Marcos com o Palmeiras foram doloridos não só pelo corpo cansado, mas também pelos resultados. A última vez em que o goleiro levantou uma taça foi no Paulista de 2008, quando superou a Ponte Preta. Depois disso, a equipe penou nos Nacionais e na Libertadores do ano passado. Os maus resultados, aliados ao dolorido das lesões que já sofreu, fizeram com que o atleta encerrasse a carreira.