Agentes da Polícia Federal prendeu hoje (31) de manhã sete pessoas envolvidas em crimes financeiros contra a administração pública, sonegação fiscal e lavagem de dinheiro, que agiam em Belo Horizonte e Lagoa Santa, município a 35 quilômetros (km) da capital mineira. Foram feitas três prisões em Belo Horizonte e quatro na cidade vizinha, de acordo com o delegado federal Mário Veloso.
Ele não informou os nomes dos presos. Disse apenas que alguns são dirigentes da empresa Filadélphia Empréstimos Consignados Ltda e dois são funcionários da Caixa Econômica Federal, que facilitavam as operações de crédito usadas, principalmente, por militares da Aeronáutica.
Além das prisões, a PF cumpriu também mandados de busca e apreensão de documentos, bem como de arresto de 20 imóveis e 40 veículos e bloqueio de contas bancárias.
A Operação Gizé, deflagrada pela PF para desbaratar a operação criminosa, partiu de denúncias de que a empresa Filadélphia captava recursos de terceiros e os remunerava com valores acima dos praticados pela rede bancária, emprestava dinheiro a juros e operava seguros de carros sem autorizações do Banco Central, da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) ou da Superintendência de Seguros Privados (Susep).
A PF apura também a contratação de financiamentos irregulares, mediante fraudes e pagamentos de vantagens indevidas, em detrimento do patrimônio da Caixa Econômica Federal e de outras instituições financeiras privadas, além de crimes como sonegação fiscal e lavagem de dinheiro. Os envolvidos poderão ser indiciados por estelionato, formação de quadrilha, falsidade ideológica, corrupção ativa e crime contra o sistema financeiro nacional.