Elas não sentem dores e os exames não encontraram problemas no silicone que implantaram nos seios. O que incomoda, mesmo, é o lado psicológico para quem tem uma prótese das marcas Poly Implant Prothèse (PIP) ou Rofil, adulteradas com silicone industrial. Assustadas com o episódio, mulheres com produtos ainda intactos já agendaram a troca por conta própria.

Planos de saúde e o Sistema Único de Saúde (SUS) vão bancar o procedimento apenas para os casos de ruptura, mediante indicação médica. “Minha cabeça não para. Mesmo após os exames mostrarem que não há problema com as próteses, eu só penso na ‘bomba relógio’ que carrego no peito”, diz Gisleine Petroski, de 32 anos. Ela garante que fará a substituição até o fim deste mês. “Só irei me acalmar depois de trocá-las”.

Outra que não ficou tranquila com os exames foi a administradora de empresas Martha Bollina, de 46 anos. “Fiz ultrassom e ressonância, nada foi diagnosticado.

Mas tem como ficar calma com uma prótese dessas no corpo?

Está fazendo mal para o meu emocional. Decidi que vou operar e colocar uma prótese segura”. “Estava de férias fora do país quando minha mãe me falou do problema com a PIP.

Voltei antes, tive de transferir minha passagem e, assim que cheguei, fui conversar com o meu cirurgião plástico. Marcamos a cirurgia para fevereiro, pois não consigo nem dormir achando que essa prótese pode se romper a qualquer momento”, conta a representante comercial Melissa Furlan. As informações são do Jornal da Tarde.