Devido às recentes chuvas no estado fluminense, a Secretaria Estadual de Saúde do Rio divulgou hoje (4) uma nota técnica com orientações sobre leptospirose, direcionada aos municípios e profissionais de saúde. O documento faz um alerta para o risco de aumento do número de casos da doença nos próximos 30 dias, visto que a bactéria da leptospirose é facilmente transmitida pelo contato com água e lama contaminadas.
A secretaria orienta os municípios, sobretudo os da região serrana e do norte fluminense, a estruturar as ações de vigilância epidemiológica e assistência para garantir o diagnóstico e o tratamento dos casos de maneira oportuna.
O documento ressalta que o resultado negativo de qualquer exame sorológico específico para leptospirose, com amostra sanguínea coletada antes do sétimo dia do início dos sintomas, não descarta o caso suspeito. Por isso, será necessária nova coleta de sangue depois do sétimo dia de contágio para ajudar na interpretação do diagnóstico.
Dentre as orientações para evitar a contaminação está a de descartar alimentos e medicamentos que entraram em contato com as águas de enchentes e, ainda, a realização e desinfecção da água do domicílio e do local de trabalho que sofreram inundação.
Os principais sintomas da doença são febre, dor de cabeça e mialgia (dores pelo corpo), com presença de antecedentes epidemiológicos sugestivos nos 30 dias anteriores à data de início dos sintomas.
De acordo com a Secretaria de Saúde, em aproximadamente 15% dos pacientes com leptospirose ocorre a evolução para manifestações clínicas graves, que tipicamente iniciam-se após a primeira semana de doença, o que pode ocorrer mais cedo. Nesses casos, nas primeiras 24 horas de internação, a doença pode até mesmo levar à morte.