A partir de hoje, os supermercados do Estado de São Paulo substituirão as sacolas descartáveis por sacolas reutilizáveis. A medida é fruto de um acordo entre a Associação Paulista de Supermercados (Apas) e o governo do Estado de São Paulo, celebrado em maio de 2011.

Segundo o site da Apas, essa substituição não se trata de uma lei, mas de engajamento voluntário do setor supermercadista. O acordo prevê que os que aderirem deixem de fornecer as sacolas aos clientes. Como alternativa, o consumidor deverá trazer a própria sacola reutilizável, comprar uma na loja ou pagar 19 centavos por um saco compostável, feito à base de milho.

Em Dracena, a situação não será diferente. Rubens Aguinaldo Gomes, proprietário do mercado Bahia, disse que há pelo menos um ano, ele e seus clientes já vinham utilizando a sacola biodegradável, até então, oferecida gratuitamente. Outras redes de supermercados da cidade também oferecem as sacolas.

Por trás do esforço conjunto da Apas e do governo paulista – por intermédio da Secretaria do Meio Ambiente – está o desejo de o setor ser o pioneiro na mobilização pela substituição gradual das sacolas à base de plástico, que alcançaram o indesejado rótulo de “vilãs” do meio ambiente. 

E não sem razão: o plástico é feito de petróleo, matéria não renovável; sua produção gera rejeitos químicos e libera gases causadores do efeito estufa; o material não degrada na natureza (estima-se que leve entre 100 e 400 anos para se decompor); se jogado no lixão, atrapalha a degradação dos produtos nele contidos; chega aos oceanos, onde causa morte de animais por asfixia e ainda pode liberar produtos tóxicos na água, atrapalhando o desenvolvimento dos peixes.

Há pelo menos cinco anos, o tema entrou definitivamente na pauta do setor, considerado um dos que mais distribui as sacolas e o que popularizou o hábito. Muitas foram as ações isoladas de redes de supermercados, que desde então vendem sacolas reutilizáveis, fazem campanha pela redução do consumo das descartáveis, estimulam o uso consciente e o descarte adequado.