O Corinthians conhecerá seu novo presidente hoje. Agora chefe de Seleções da CBF, Andrés Sanches deixa o poder depois de uma gestão polêmica, mas tenta eleger seu sucessor, Mário Gobbi Filho, ex-diretor de futebol do Timão. A oposição luta para impedir a permanência do grupo de Sanches com a candidatura de Paulo Garcia, derrotado no último pleito, em 2008.

O novo mandatário alvinegro ficará no poder por três anos, sem o direito de disputar a reeleição, de acordo com as modificações feitas no estatuto. Com ele, serão eleitos também outros dois vices. Têm direito a voto os associados em dia com suas mensalidades. Estão aptos 11.436 deles. A previsão, porém, é de que compareçam, no máximo, 4 mil.

Mário Gobbi Filho, de 51 anos, nasceu em Jaú, interior de São Paulo, e ocupa a função de delegado em São Paulo. À frente do Departamento de Futebol, conquistou os títulos da Série B (2008), além do Campeonato Paulista e da Copa do Brasil (ambos em 2009). Além disso, foi um dos líderes do projeto de mudança do estatuto, tendo como principal alteração a proibição de reeleições. 

Natural de Bauru, também no inteior paulista, Paulo Garcia, de 56 anos, é um dos herdeiros do grupo Kalunga, gigante do ramo de papelaria no país. Filho de Damião Garcia, conselheiro e antigo rival do ex-presidente Alberto Dualib nos anos 80, fez parte da diretoria na campanha que levou o Corinthians ao título paulista sobre o Guarani em 1988.

Para aumentar a força da oposição, ele se uniu a Osmar Stábile, vice na chapa e outro derrotado por Sanches em 2009. O grupo conta ainda com o apoio de Antônio Roque Citadini, antigo diretor de futebol e desafeto declarado da situação. Garcia promete quitar a dívida corintiana e valorizar mais as categorias de base. O outro vice é Celso Limongi.